segunda-feira, 26 de julho de 2010

In on It

Análisis da Peçis: IN ON IT

Sinopse Editoriáica: Chega à capital paranaense neste final de semana o espetáculo In on it, dirigida por Enrique Diaz. A peça apresenta uma narrativa em espiral em que dois grandes atores, Emilio de Mello e Fernando Eiras, assumem dez identidades diferentes. Depois de desconstruir clássicos em seus mais recentes, e premiados, espetáculos (Ensaio.Hamlet e Gaivota – tema para um conto curto), o ator e diretor Enrique Diaz se debruçou sobre In on it, obra do autor canadense Daniel MacIvor. O espetáculo foi descoberto por Diaz numa viagem a Nova Iorque. “Quando vi a peça em Nova Iorque, anos atrás, achei-a interessantíssima: alguma coisa incompleta, mas que seduzia pela maestria no jogo dos níveis de interpretação e pela metalinguagem. Dois atores, atuações complexas e um universo poético muito sensível. Anos mais tarde, fui com Ensaio.Hamlet para o Under The Radar Festival, festival de artes onde o Daniel MacIvor se apresentou no ano seguinte. A partir daí comecei a costurar a possibilidade de montar a peça no Brasil”, conta o diretor. (leia a matéria – www.parana-online.com.br)

Ficha Técnica
texto: DANIEL MACIVOR tradução: DANIELE ÁVILA direção: ENRIQUE DIAZ elenco: EMILIO DE MELLO e FERNANDO EIRAS iluminação: MANECO QUINDERÉ cenografia: DOMINGOS DE ALCÂNTARA figurino: LUCIANA CARDOSO trilha sonora: LUCAS MARCIER técnica alexander: VÁLERIA CAMPOS coreografia: MABEL TUDE consultoria de movimento: MARCIA RUBIN programação visual: OLÍVIA FERREIRA e PEDRO GARAVAGLIA – RADIOGRÁFICO fotografia: DALTON VALÉRIOassessoria de imprensa em SP: MORENTE FORTE assistente de direção: PEDRO FREIRE estagiária de direção: CÉCILE DANO iluminador assistente: LEANDRO BARRETO assistente de cenografia: RAFAEL MEDEIROS assistente de figurino: DENISE TUPINAMBÁ assistente de programação Visual: BÁRBARA ABBÊS e MÔNICA PUGA operador de luz: CARLOS MORAES operador de som: ROBERTA SERRETIELLO contra-regra: DOUGLAS MARIANO direção de cena: RICHARD SANTIAGO produção executiva SP: ROBERTA KOYAMA direção de produção SP: HENRIQUE MARIANO direção de produção RJ: ROSSINE A. FREITAS produção: ENRIQUE DIAZ

Por mim: No meu preferido Teatro da Caixa, no meu dia da semana preferido (Domingo) com algumas das minhas companhias que eu mais prefiro. Em um dia de tempo bonito, com friozinho característico da noite curitibensis e muito glamour no ar. Presente no Festival de Curitiba, só que sem a minha visência (eu não pude ir ver), aproveitei para conferir esse espetáculo que estava novamente por essas bandas. Essa peça. Sei lá... calma. São dois atores, com texto sem ser despretensioso. Também. São quatro atores. A iluminação e a parte sonora são incontestavelmente mais duas figuras de fato. E que falam. A palavra chave dessa peça é sincronia. Perdoem essa minha análise de hoje, depois de bastante tempo sem atualizações, já volto atropelando os bois. E nem me dei ao trabalho de tentar esconder minha parcialidade. Essa peça é um trabalho pra uma vida. Não dá pra levar em paralelo. O peso de cada ação em cada cena, a sincronia de cada passo, e digo dos QUATRO atores, é felomenal. A história passa em três momentos/tempos diferentes, como bem dizem as sinopses e coisas e tais. São entrelaçadas de forma a parecerem muito claras. Sai-se sem dúvidas do que foi apresentado. Mas pensando bem, mesmo ao ler de novo o livreto da peça, fica difícil relacionar o que foi visto com qual momento.Parece confuso né. E é. Só que os dois monstrinhos dos atores deixam isso de um jeito que agente entende tudo. Falando neles, deixa eu resumir em muitas linhas. Trabalho de sincronia é impressionante (de novo) (é, denovo). Eu consegui reparar na movimentação deles em relação à luz. O espaço era tão ocupado pelos corpos que ficou complicado notar a falta de cenário físico. É a minha justificativa dos dois outros personagens: a luz e o som. Cada vez que um personagem entrava em cena,absolutamente sabíamos EXACTAMIENTE onde se passava a situação. Pode conferir: o consultório médico, o lugar gramado das trocas de passes de beisebol, o restaurante, a sacada da frente da casa, o bordel, a casa de um, da amiga, o próprio teatro, e arrisco colocar um lugar adimensional no qual se passa vários entre cenas. Pensando então, o cenário aparecia ali, derrepentemente. O trabalho corporal tanto (no pessoal quanto no profissional) na interpretação, na mudança brusca de clima, na firmeza adequada de cada movimento, na maldita assustadora sincronia entre tudo, foi muito bem trabalhado em cada pequeno detalhe. O final da peça é surpreendentemente surpreendente. Meu mais maior atributo de encanto é o controle total com que os atores (4) conseguiam sem mais nem menos construir/começar tudo de uma vez, e com a mesma rapidez interromper/desconstruir uma cena inteira. Tipo assim, o cara derrepente é o doutor e o outro o paciente assustado/com raiva, que recebe a notícia//agora voltaram ao lugar adimensional criticam as atuações, e recomeçam no restaurante, com todo o clima mudando assim (plac! [dedos estalando]).

Doravante: Contrariando a contrariedade de não ir rever peças já anteriormente vistas, vá que provavelmente você me encontre lá de novo.

Máu-ri
Todo mundo chorou
Voltando as aulasArtes Cênicas Emocionantes

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