quinta-feira, 1 de julho de 2010

"Obsceno eu público"

Análise da Peça: Obsceno eu público.

Sinopse: "Obsceno Eu Público" traz para cena discursos que marcaram os anos 70, 80 e 90, mixando biografias de personagens e atores a histórias do Brasil. O ator, Mauro Zanatta, apresenta: “representantes” do povo, senhores da guerra, o embate entre o velho e o novo, o processo de “lobotomização” na alfabetização cultural das gerações dos “pequenos peleguinhos”, relações de amor, culpa e abandono na família. Neste espetáculo o “eu” do ator chama à cena o que geralmente ficaria nos bastidores. Com poesia e sátira confessa sua “crise de identidade” na política e na arte, comunicando o imaginário do teatro com o cotidiano vivido pela sociedade, tornando-se o “obsceno eu público.”

FICHA TÉCNICA
Direção: Giovana de Salles Elenco: Mauro Zanatta Pesquisadores: Camila Jorge e Gabriel Rachwal Dramaturgia:Mauro Zanatta e Gabriel Rachwal Fotografias Valdir Silva Iluminação: Wagner Corrêa Design Sonoro: Ary Giordani Cenário Alfredo Gomes Vídeos: Fábio Allon Design Gráfico:Adriana Alegria Direção de Produção: Edran Mariano Realização: Ator Cômico Produções Artísticas

Por mim: Uma peça apresentada no belíssimo teatro José Maria Santos, o filho mais queridinho do Teatro Guaíra. No belo palco do teatro estava o ator, quando já entramos, vestido, em um misto de ator Mauro/personagem Mauro. Estava falando com alguém, que conforme ele se movimentava, focava uma luz diferente, quando o ator fazia uma relação de algo bastante familiar à platéia. Alguns autores bastante conhecidos, em passagens cênicas bastantes peculiares. Então de fato a peça começou. Era um monólogo. Quem me conhece sabe que quando eu vejo que é monólogo, eu já pego as pedras. No entanto, o ator contracenava com o palco, que era composto por projeções. Contracenava, as vezes, com a própria platéia. Até com ele mesmo, como sendo realidade e pensamento, ou alguma coisa nesses parâmetros. Então ponto pro Mauro. Os movimentos corporais dele são incríveis. Ele realmente mostra uma facilidade tamanha no que eles está fazendo, que parece realmente ser fácil de fazer. Bem como um profissional de skate virando de ponta cabeça num half-pipe e caindo de pé, de forma tão perfeita, que dá pra pensar: “hunf, nem deve ter sido tão difícil assim”. Depois, a variedade de elementos que compunham andamento da peça era excelente. Certa hora há dois rádios, um bem velho e outro mais novo, que o próprio ator, em tempo real, inicia e pausa formando um diálogo feito pelas vozes gravadas. Conteúdo. Sobre o conteúdo. Interessante. É, legal... tipo, eu acredito que quando eu tiver uma experiência teatral mais afiada, tiver estudado muito mais, criado obras, ter vivenciado estréias, montado espetáculos que deram certo, outros que não deram tão certo, aí então eu acho que eu vou entender do que ele estava falando. Por enquanto limito-me a ter achado legal. Será que eu comento do stand-up que faz parte do finzinho? Se eu não estragar aqui, ele vai acabar estragando lá mesmo...? Bom, depois que acaba, o ator fala que a proposta dele é ficar lá no palco até o último ir embora, para ouvir o que agente tiver pra falar pra ele. Eu fui até lá, antes de todo mundo, e disse: “parabéns!”.

Doravante: Excelente pra psicologia e antropologia e essas coisas que a gente não se preocupa nas peças que vê. Recomendo muito pouco.


Máu-ri
Aluno voltando
Aluno revoltando
Aluno com dor de cabeça.

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