segunda-feira, 19 de abril de 2010

Cinema (Felipe Hirsch)

Análise de Segunda-Feira.
Peça de Teatro: CINEMA

Sinópse: "A Sutil Companhia de Teatro participa do Festival com uma mostra do processo criativo de seu mais novo espetáculo: "CINEMA", no qual coloca uma audiência diante de outra audiência. Ingmar Bergman disse que "um filme é a matéria que vai além da consciência, dentro da nossa alma escura". O cinema é uma extensão desse lugar: ele possui a matéria misteriosa do sonho que permite à irrealidade se tornar real. O novo espetáculo será um trabalho sobre identificação, sobre como ver e ser visto. O diretor Felipe Hirsch apresentará ao público cenas que estão sendo trabalhadas para o novo espetáculo, numa verdadeira mostra do processo artístico de criação da Sutil. O Festival de Curitiba oferece ao público a oportunidade de ter contato com o processo de criação do espetáculo "CINEMA", uma realização da Sutil em parceria com o Sesi/SP, que terá sua estreia no Teatro do Sesi, em São Paulo, no final de março."

Ficha Técnica:
Direção Geral: Felipe Hirsch Co-direção: Murilo Hauser Elenco: Beatriz Bertú, Daniel Tavares, Diego Moschkovich, Fábio Lucindo, Isabel Wilker, João Victor D'Alves, Julia Ianina, Kauê Telloli, Luísa Bonin, Paula Arruda, Pedro Inoue, Raphael Rocha, Renata Gaspar, Sol Faganello, Thais Medeiros Equipe de Criação: Felipe Hirsch, Murilo Hauser, Erica Migon, Marília Halla, Beatriz Bertú, Daniel Tavares, Diego Moschkovich, Fábio Lucindo, Isabel Wilker, João Victor D'Alves, Julia Ianina, Kauê Telloli, Luísa Bonin, Paula Arruda, Pedro Inoue, Raphael Rocha, Renata Gaspar, Sol Faganello, Thais Medeiros Cenografia: Daniela Thomas Figurinos: Veronica Julian Iluminação: Beto Bruel Trilha Sonora: Felipe Hirsch, Murilo Hauser, Marília Halla Produção Sutil Companhia de Teatro Curitiba: Marcelo Contin e Nena Inoue Produção Sutil Companhia de Teatro São Paulo: Helen Beltrame Assistente de Produção: Bruno Girello Diretor Artístico: Felipe Hirsch Sócio Diretor: Guilherme Weber.


Por mim: Para começar entrava-se no Guairinha e ao invés de sentarmos no corriqueiro lugar de palco, atravessávamos pelas laterais até os porões. Na parte de onde seria o normal “backstage” havia cadeiras para os espectadores. Sentamo-nos. À frente, estava montada uma platéia de auditório, no caso representando um cinema, com poltronas vermelhas, algumas maltratadas, outras novas. A intenção, me pareceu, foi a de nos sentirmos O próprio filme, enquanto observamos a platéia e suas reações e emoções. (uma vez que lendo a sinópse, post espetaculum assistidus, creio ter conseguido captar e transmitir realmente essa idéia) E de fato é como a peça procede. O figurino dos artistas é impecável. Várias entradas e saídas dos mesmos atores, tão discretos e bem compostos, que nem sempre se podia distinguir se era a mesma pessoa ou não. A iluminação e o som fizeram extrema diferença no bom funcionamento do espetáculo, uma vez que por se tratar do interior de uma sala de cinema, foi criado todo um clímax no ar que deixava bem claro essa localidade. Só pra frisar BEM isso. Por exemplo, a iluminação era fraca e a luz mais evidente vinha de trás da platéia, como em um cinema de verdade. O ponto mais positivo foi a duração da peça e a movimentação entre cenas. (notem a concordância de número). Apesar de não haver um sentido lógico, tem-se a impressão de sair da peça tendo entendido o recado. Parabéns para esse espetáculo, que apesar de se tratar de um ensaio, os atores REALMENTE não encararam dessa forma. Acredito que para a estréia não devem ter havido mudanças perceptíveis para quem viu dessa vez. O senhor Felipe Hirsch é muito feliz nesse trabalho. O mesmo estava presente (inclusive sentado ao meu lado na platéia). Acredito que saber trabalhar produções caras, mesmo tendo dinheiro suficiente, realmente não é um trabalho fácil. Mérito para ele. Ainda atento para o nome de Guilherme Weber como sócio-Diretor. Esse cara me chama atenção desde a primeira vez que eu-o-vi na novela da globo, que ele era malvadão. Pena que nunca tive chance de o-vê-lo no teatro.

Doravante: Recomendo para quem gosta de teatro, de cinema, de cinema/teatro. Para quem se acha inteligente, para quem é inteligente, para quem se acha/é inteligente. Tipo uma peça super indie, com a cara dessas bandas moderninhas que cantam em inglês, justamente pelo fato de serem de países com inglês como língua materna.

Máu-ri
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