quarta-feira, 14 de abril de 2010

Exotique (Grupo Tholl)

Análise humildemente crítica "contextualizada"
Peça de Teatro: Exotique

Sinópse: "Um espetáculo vibrante, unindo magia, imagens marcantes e acrobacias, onde o corpo trabalha a volúpia dos gestos. As surpresas para o público são muitas, do começo ao fim do espetáculo, destacando a pantomima do clown. São 14 artistas em cena, mostrando um figurino requintado, inspirado em países variados, peças deslumbrantes que ganham um toque mágico na atuação de cada um dos artistas. Como o nome já deixa claro, apresenta um universo exótico, onde a ousadia está presente em todos os elementos. Em cada cena, coreografias, malabarismos e efeitos de cor e luzes criam um universo onde a ousadia dita cada movimento."

Ficha Técnica
PELOTAS - Rio Grande do Sul
Direção Geral: João Bachilli Produção Executiva: Elaine Acosta Elenco: Beto Freitas, Dinael Tavares, Edson Brunis, Evelyn Araújo, Giovanna, Donini, Grazi Zanolla, Guillermo Scajedo, Igor Baldez, Lucas Saker, Marvin Duarte, Nathan Santos, Nina Souza, Renã Burkert e Rodrigo Bach Assistência de Direção: Ricardo Acosta Iluminação: Fabrício Simões Cenografia Eletrônica: Ocellis Inovações Eletrônicas Figurinos: João Bachilli Cenografia e adereços: Grupo Tholl Duração: 70 minutos Classificação: Livre

Por mim: Para começar, um espetáculo é composto de várias partes. Dentre elas a produção. Quando participando de um festival, infelizmente (ou felizmente), a produção da peça é acrescida da produção realizada pelo próprio festival. No caso dessa peça, houve cerca de trinta minutos de atraso para ABRIR os portões. Depois mais 20/30 minutos de atraso para iniciar. Imagine... Em seguida, descobre-se que a peça atrasou, porque os atores foram surpreendidos por uma apresentação extra antes da apresentação previamente marcada. "Tá beleza, que que isso tem de ver com análise crítica?" - Acontece que se trata de um espetáculo circense, que exige muita concentração e desgaste dos atores. E não apenas desgaste físico, mas mental e emocional também. Resultado: malabares caindo no chão, várias acrobacias notoriamente não executadas com a perfeição esperada (mas bah, eu entendo tudo de acrobacias haha), alguns atores visivelmente cansados. Apesar dos pesares, a caracterização dos personagens foi extremamente bem feita. As cores, os objetos no palco (havia uma espécie de “robô” enorme, de metal, no qual os atores se penduravam, ou usavam como base/apoio para alguns números) e os próprios figurinos eram de extremo bom gosto e muito bonitos. A peça tinha claramente um começo, um meio e um fim. A seqüência era bem lógica e não exigia muita perspicácia de nós, humildes leigos espectadores, expectadores, para captá-la. Inclusive em vários momentos poderia “começar” a entender a história. Em determinado momento há participação do público no palco. Por azar, o ator escolheu um “engraçadinho” da platéia e teve que contornar algumas situações, mostrando bastante preparo e muita astúcia. O que prova não só a versatilidade do ator, como a sua qualidade de preparação. A peça não foi muito longa. Por não se tratar de uma peça falada, a iluminação e os sons eram de enorme importância. Pois não fizeram por menos. Iluminação perfeita, em todos os aspectos. Sons em extrema sincronia com o andamento das cenas e de todo o espetáculo.

Doravante: Recomendo fortemente para todos os públicos e todas as idades. O Tól (Tholl) é visto por muitas boas línguas como o Cirque Du Soleil Sentimental Brasileiro. Não chega a tanto, mas eles não fazem tão por menos assim. São realmente um grupo de altíssima qualidade. Vá sem medo e leve aquela gata, ou mesmo os sobrinhos.


Máu-ri
Quase Crítico.
Quase Diretor.
Quase RP.

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