sexta-feira, 16 de abril de 2010

A Farsa da Boa Preguiça (Ariano Suassuna)

Vou estar Analisando:
Peça de Teatro: A Farsa da Boa Preguiça

Sinópse: "O nordeste do dramaturgo Ariano Suassuna ganha a cena. Com um texto rimado, cheio de humor e uma montagem que mistura atores e mamulengos (fantoches típicos de Pernambuco), a peça, indicada para todas as idades, narra a história de Joaquim Simão, poeta de cordel, pobre e preguiçoso, que só pensa em dormir. Joaquim é casado com Nevinha, mulher religiosa e dedicada ao marido e aos filhos. O casal mais rico da cidade, Aderaldo Catacão e Clarabela, possui um relacionamento aberto. Aderaldo é apaixonado por Nevinha e Clarabela quer conquistar Joaquim Simão. Três demônios fazem de tudo para que o pobre casal se renda a tentação e caia no pecado, enquanto dois santos tentam intervir. Jesus observa e avalia tudo. A partir daí, situações inusitadas fazem deste espetáculo uma mistura cultural divertidíssima."

Ficha Técnica
RIO DE JANEIRO - Rio de Janeiro
Autor: Ariano Suassuna Direção cênica: João das Neves Direção musical: Alexandre Elias Direção de produção: Andréa Alves e Cláudia Marques Elenco: Guilherme Piva, Bianca Byington, Ernani Moraes, Daniela Fontan, Flavio Pardal, Francisco Salgado, Leandro Castilho e Vilma Melo Figurinos: Rodrigo Cohen Cenógrafo: Ney Madeira Iluminação: Paulinho Medeiros Co-Produção: Fábrica de Eventos Realização: Sarau Agência de Cultura Brasileira Duração: 120 minutos Classificação: 12 anos.

Por mim: Mais uma peça “grande produção” do Festival. A ilustre presença de Ariano Suassuna na platéia deixou ainda maior a expectativa criada com a peça. Não ficou por menos. Figurinos muitíssimo bem apropriados, cenário bastante versátil e espaço do palco amplamente bem utilizado. A expressão corporal dos atores chamava muita atenção. Muita Mesmo. Há uma passagem em que uma atriz representa uma cabra: é assustador o trabalho corporal que ela faz (*e muito engrãçado também). O texto dessa farsa era quase totalmente em rimas. Mais uma vez aqui ficou clara o revés que o Grande Auditório do Teatro Positivo tem quando se trata de sons. Mesmo na terceira fileira tive dificuldade de entender o que se era dito. Tirando esse sério problema, a trilha sonora foi espetacular. Tenho uma preferência por quando se é feita ao vivo. O que é exatamente o caso: cada um dos atores tocava pelo menos um instrumento, pelo menos uma vez. Cada vez que as canções entravam significava alguma mudança de tempo ou de parte do enredo. A peça correu em três partes principais, ficando um pouco mais longa do que gostaríamos. Notava-se algumas vezes o cansaço do público. Iluminação, como não poderia ser diferente, estava bastante consonante com o resto do espetáculo. Os atores, globais, tiveram alguns probleminhas nos ensaios anteriores, e a senhora Bianca Byington apresentou em uma cadeira de rodas. Faço aqui uma mensão honrosa à essa senhora: poderia ter sido nojentinha e coisa e tal. Mas não. Apresentou. E digo mais. A intimidade que ela parecia ter com a cadeira foi impressionante. Não só não atrapalhou o andamento da peça, como abrilhantou ainda mais o que já era para ter sido bom. E se a "Nevinha" quisesse, eu casava com ela agora mesmo.

Doravante: Recomendo o espetáculo para qualquer pessoa. Farsa é assunto em que Ariano Suassuna é entendido. E não é por acaso. Eu nunca fui fã dele, nem é por isso que eu vou virar. Mas que é muito boa a peça, isso é.


Máu-ri.
Meio Crítico
Pouco Diretor
Bastante RP
Inexplicavelmente Sentimental.

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