quinta-feira, 29 de abril de 2010

OTELO: As Faces do Ciúme

Humilde Análise Pretenciosa: OTELO AS FACES DO CIÚME


Sinopse: "A história dentro da história apresenta a maldição a que são lançados estes seis personagens: Otelo, Desdêmona, Iago, Cássio, Emília e Rodrigo. Há quatro séculos eles vagam recontando a própria história. Os narradores são, na verdade, os próprios personagens, marcados por quatro séculos de danação. A narrativa e a ação são quase fundidas, a narração são fragmentos de memória, a ação são fragmentos da vida.
No palco nu, estas seis figuras carregam em si, sua travessia pelo tempo. Nas roupas, nos cabelos, vão juntando elementos de todas as épocas em que viveram."

Ficha Técnica
Dramaturgia e Direção: Silvia Monteiro
Produção: Danilo Avelleda Espetáculos Teatrais
Direção de Produção: Mevelyn Gonçalves
Cenário: Ruy Almeida
Figurinos e Adereços: Ricardo Garanhani
Iluminação: Nádia Luciani
Sonoplastia: Cleber HidalgoCaracterização e Maquiagem: Marcelino Miranda
Elenco: Danilo Avelleda, Mevelyn Gonçalves, Luiz Carlos Pazello, Pagu Leal, Juscelino Zílio, Rubens Siena

Por mim: Fui na estréia da peça, no Guairinha. Antigamente era o auditório da família Guaíra que eu "mais prefiro". Hoje eu tenha a impressão que eles nunca limpam lá. Em uma sexta-a-feira a noite, com tempinho frio, bem alà Curitiba. Então, logo que se fecharam as portas e a luz ia se apagando, confesso que eu, mais quem me acompanhava, fomos ligeiramente para cadeiras vazias mais da frente. Terrível. (de contar, porque de fazer é ótimo). Então deu-se início o espetáculo. Entro aqui em uma nova modalidade, humildíssimamentes falando, de crítica: a da peça que eu não gostei. Otelo. Em meu pequeno e modésto pensamento, eu acho que tentativas de releituras de monstrísses (peças monstras antígas já feitas até a fadiga) tendem a ser pretenciosas e a não terminar em coisa boa. Primeiro: para se entrar no enredo pretendido pela releitura, é necessário não só conhecer a obra anteriormente, como pelo menos tê-la lido a pouco tempo, para ter detalhes ainda frescos na cabeça. Nesse caso Shakespeariano (Otelo é de Shakespeare, né?) foi mais ou menos porae. Legal e tal. Mas adiante vamos. O cenário começou chamando atenção. Dava impressão clara de foi planejado para um palco menor. Sinceridade. Havia um quadrado suspenso, sendo que de cada lado caía um lençol branco, que podia ser movimentado. só que delimitava um pedaço de palco, deixando muita coisa vaga. A trilha sonora? Atrapalhava as vozes dos atores. Parece trapalhada né? Mas realmente atrapalhava. Por vezes perdemos o que eles diziam. (lembre-se que eu estava sentado na fileira C e a acústica do Guairinha não é a do Positivo, é boa.). Os atores. Ah os atores. Não queria comentar isso. (Mas já comentando) Uma porção de gente que me disseram pra esperar boas coisas, que são bons atores. Então, creio eu (não sei), que foi um dia infeliz. Fraquíssimos. A peça em suma foi que nem lero romance policial "A Cada Um o Seu (de Leonardo Sciascia)", bem como citado em http://www.livrada.wordpress.com/ pelo meu confrade Yuri: "achei-o chato até sua metade e, uma vez terminada a leitura, uma excelente obra. Alguns são assim mesmo, precisamos terminar a última página para perceber a grandiosidade da bagaça." Só que no caso dessa peça, não consigo dizer que foi uma excelente obra..

Doravante: Vá ao teatro! (mas não me convide).

Máu-ri
Desbravando sempre
Estudando sempre
Ludibriando, às vezes.

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